Fotógrafa Maranhense e de alma Brasiliense Franca Vilarinho expõe fotos e lança documentário
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Foto: Arquivo pessoal/ à maranhense Franca Vilarinho apresenta no Sindicato dos Bancários-DF uma exposição fotográfica e o lançamento do doc dedicadas a comunidade dos Kalungas |
A agenda repleta é resultado do interesse crescente que seu trabalho desperta entre estudiosos e o público que aprecia fotografias artísticas voltado para as minorias no momento conturbado e caótico que passa nossa estimada democracia.
Seu currículo inclui exposições em várias cidades do Centro-oeste do Brasil, onde concentra seu trabalho, nos estados de Minas Gerais, Tocantins, Goiás e no Distrito Federal, onde o reconhecimento de seu trabalho, por influência do trabalho árduo, chegou à Câmara dos Deputados, que adquiriu em 2015 obras de sua série “Karajá de Aruanã: O Dilema de Uma Existência”, dedicada a tribo indígena.
Franca Vilarinho relembra que no início como fotógrafa não foi fácil. Tinha muitas ideias na cabeça, mas não tinha dinheiro para comprar uma câmera fotográfica profissional, ressalta que na época, ter um equipamento fotográfico era caríssimo.
“Tive que me virar para comprar uma. Fiz bicos em lojas como vendedora; trabalhei como secretária e, ainda, como recepcionista de eventos. Economizei. Consegui comprar uma câmera de segunda mão. Era uma Zenith, de fabricação russa, febre dos pobretões no início dos anos 2000. Foi o que deu. Tenho-a até hoje. Muito retrô” relembra com nostalgia.
A partir daí a jornalista travou muitas outras batalhas para continuar apurando o olhar e criando imagens com cores, luzes e vidas de pessoas e grupos sociais esquecidas pelo estado, sociedade e das suas próprias sortes. Se especializou em moda e book, documentário e fotojornalismo.
Em 2003, fez a primeira viagem como fotógrafa iniciante. Foi para a Aldeia Karajá de Aruanã, localizada na divisa de Tocantins e Mato Grosso. Segundo ela; “Com pouca grana no bolso, muitos perrengues, mais foi ótimo! É isso que eu quero, soava na minha cabeça”.
Depois foi à Comunidade Kalunga, no Norte de Goiás. Lá, eu ela viu o fenômeno do mundo capitalista se fundir com os costumes, cresças e valores de uma comunidade centenária, ela viu a luz elétrica chegar e o início de novos tempos. Fotografou o cotidiano, suas festas e suas lutas-tradições. O resultado até agora foi uma exposição e um vídeo documentário, que trazem um recorte da história do povo que veio da África e, junto com portugueses e índios, formou a nação brasileira.
“Hoje, tantos anos depois e muitas outras exposições, ainda tenho o mesmo fascínio por fotografia, por gente, cultura, tradições dos povos nativos brasileiros e outras culturas. Percebo que a minha contribuição para o planeta Terra é iluminar, por meio de imagens, questões que alguns preferem fingir não ver” afirma convicta Vilarinho.
O documentário tem um olhar particular da jornalista e cineasta que intitulou sua percepção ao olhar de sua lente, mas através do cotidiano dos Kalungas "Quilombo-Quilombola" para o documentário, fala do impacto na vida da comunidade Kalunga após a instalação da energia elétrica. Todo material coletado se deu por meio de entrevistas;
“O documentário apresenta as histórias e às perspectivas do povo que ainda está se acostumando com os prazeres e as dores da globalização. Televisão, internet e até mesmo uma simples geladeira. Tudo é novidade! Eles viveram isolados por mais de 200 anos. Com duração de 14 mim - além da minha direção o doc conta com uma equipe pequena mais muito qualificada, é o caso do editor Jocivaldo”.
A exposição “Identidades ameaçadas- Consciência Negra”, extensão desse mesmo trabalho, garantiu um prêmio para jornalista em Medellín - Colômbia em 2018 da Latino Americano de Fotografía: Los Trabajos y Los Dìas, com a fotografia "Mãe Kalunga" onde foi contemplada com todos os custos de logística tendo a exposição de suas obras no país.
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Foto: Franca Vilarinho "Mãe Kalunga".
O trabalho da Jornalista pode ser acompanhado na sua págica Web no endereço: https://www.francavilarinho.com.br/sobre, você encontrará o acervo de fotos, exposições anteriores e contato da mesma.
Jornalista Cultural Márcio Malta Contato (61)-(982204785)
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