Sérgio Moro ganha nova experiência no currículo como Ministro da Justiça
Os brasileiros se depararam com a seguinte notícia nesta manhã de quinta-feira;
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Foto: internet. |
“O juiz federal Sérgio Moro aceitou nosso convite para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Sua agenda anticorrupção, anticrime organizado, bem como respeito à Constituição e às leis será o nosso norte!”. São palavras do 38° presidente da República do Brasil, Jair Messias Bolsonaro.
O juiz federal Sérgio Moro aceitou convite do presidente eleito para assumir o Ministério da Justiça em seu governo.
Principal responsável pela operação Lava Jato, Moro reuniu-se nesta manhã (01/11), com o presidente eleito na casa de Bolsonaro no Rio de Janeiro para discutir a oferta feita pelo futuro chefe do Executivo. O juiz saiu do local sem falar com a imprensa.
Não é a primeira vez que o nome do juiz é cotado para o Ministério da Justiça. Durante a campanha para a Presidência da República, o então candidato Álvaro Dias (Podemos) prometeu que, se eleito, Moro seria seu ministro na área.
Segundo alguns especialistas, Moro pode trilhar um caminho parecido com Alexandre de Moraes, que foi ministro da Justiça de Temer antes de ser indicado pelo presidente para a vaga de Teori Zavascki, ministro relator da Lava Jato no STF que morreu em um acidente de avião.
O cargo de ministro da justiça gera divisões entre políticos, especialistas e a sociedade, principalmente entre os internautas.
A senadora do Paraná, Gleise Hoffman exclamou e questionou em uma se suas redes sociais; “ Juiz imparcial, né?! Sei!”
Na mesma publicação ela republicou um poste da internauta, Beatriz Gomes,
“ Primeiro você prende o principal candidato das esquerda que ganharia no primeiro turno. Depois você impede um “Habeos Corpus” para que ele não possa se candidatar ao cargo as eleições e te dá um Ministério da Justiça ou uma vaga no STF. Entenderam?”
De contra partida a sinalização de Sérgio Moro rendeu milhares de elogios por parte dos internautas após publicação do futuro presidente Jair Messias Bolsonaro, um dos elogios partiu da internauta Vilany Batisya; “Muito feliz com essa notícia, pela primeira vez estou sentindo uma esperança de um país melhor. Chega de corrupção o povo não aguentava mais. Parabéns meu Presidente e ao juiz Sérgio Moro juntos farão a diferença.
A confirmação do magistrado, ao aceitar o convite também foi algo de críticas por parte do candidato a presidência vencido no primeiro turno Ciro Gomes (PDT), afirmou que Moro era “aberração de Toga.”
De acordo com fontes do Portal Exame da editora Abril, Moro já estava decidido a aceitar e só esperava a garantia formal do próprio presidente eleito com as condições pedidas por ele para assumir o cargo: o comprometimento do governo com a aprovação das 10 medidas contra a corrupção preparadas pelo Ministério Público e a ampliação dos poderes do Ministério da Justiça.
Especialistas interpretam que a atitude de Moro pode ter sido tomada visando uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), em 2020, quando haverá um cargo disponível após aposentadoria do decano Celso de Mello. Tudo muito bem articulado.
Veja a nota oficial:
"Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a pespectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão.
Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juizes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes".
Curitiba, 01 de novembro de 2018. Sergio Fernando Moro
Com a confirmação de Sergio Moro, quem deve responder interinamente pelos processos da Lava Jato é a juíza substituta Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
A magistrada já substituiu Moro em outras ocasiões. Em uma delas, quando o juiz viajou para fora do país em maio, ela mandou prender o ex-ministro José Dirceu — que, na sequência, conseguiu um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF).
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