Abaixo-assinado é ponte de retorno do “Meteorito codinome Bendegó”
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Mais do que uma lista com inúmeras assinaturas, os abaixo-assinados representam uma manifestação clara da população contra uma situação que a prejudica. Seja para solicitar a revitalização de uma rua esburacada ou a reabertura de um hospital, esses documentos podem fazer a diferença na vida de muitas pessoas a partir da mobilização.
É o que esperam os moradores de diferentes cidades do sertão da Bahia; Canudos, Monte Santo, Uauá, cansanção, Euclides da Cunha e demais cidades da região. De maneira ordenada os moradores das cidades mencionadas, solicitam através de um abaixo-assinado o retorno do “Meteorito Bendegó” ao estado da Bahia, em especial as cidades mais próximas do local onde foi encontrado o artefato; Monte Santo, Canudos ou Uauá.
A história da descoberta do meteorito há algumas discrepâncias, segundo José Aras, um dos maiores poetas, pesquisador e crítico dos costumes da sua cidade natal, Sítio Lagoa da Ilha, Cumbe, (hoje Euclides da Cunha), cita que o ano da descoberta do meteorito foi em 1784, assim como o historiador José Calasans. Porém em alguns consideram o ano de 1774.
O ano será uma incógnita, porém, a notícia do achado correu o mundo, chegando aos ouvidos do governador D. Rodrigues Menezes, que em 1785 ordenou o seu transporte até Salvador. Devido ao peso de mais de cinco toneladas, mesmo com doze juntas de bois não foi possível transportá-lo, e a pedra acabou despencando ladeira abaixo e caindo no leito seco do riacho Bendegó, a 180 metros do local original.
100 anos após, o imperador Pedro II tomou conhecimento da existência do meteorito, e decidiu providenciar sua remoção do sertão. O transporte da pedra da caatinga para a capital acabou se tornando uma das mais complexas empreitadas da história do transporte durante o Império.
Passou por Gameleira e Cansanção, chegando à estação ferroviária do Jacurici, município de Itiúba, depois de uma marcha de 126 dias pela caatinga. Ali foi embarcada para Salvador, chegando em 22 de maio de 1888. Lá ficou em exposição durante cinco dias, e em 1.º de junho embarcou no vapor Arlindo, seguindo para Recife, de onde foi enviado para o Rio de Janeiro, sendo recebido no dia 15 de junho de 1888 pela princesa Isabel, e entregue ao Arsenal de Marinha da Corte.
Hoje os tempos são outros, e os moradores articulam o retorno da pedra ao local de origem, nas terras escaldantes do sertão, um local de clima quente e acolhedor, que o “meteorito” escolheu quando se teletransportou ao planeta terra. O movimento conta com um abaixo assinado, e vem ganhando forças e aliados, a iniciativa partiu do Canudense e Jornalista Cultural, Márcio Malta.
“Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. Quando se sonha juntos é o começo da realidade. Essa é uma frase que resume o desejo coletivo de todos nós! É o desejo dessa nova geração e que fará jus a memória dos nossos bisavôs, nossos avós, aos pais de alguns que aqui estão lendo, que durante suas infâncias ouviram histórias a respeito dessa lenda” ressalta o jornalista.
Todos podem assinar o abaixo assinado e abraçarem essa causa em prol do retorno do “Meteorito Bendegó” ao local de origem. Basta acessa o link abaixo;
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