Procura-se tem de quase tudo menos uma virgem
Às 21hs as cortinas vermelhas se abrem. Começa, então, através do som alto das falas, a representação de cinco atores; inicialmente por Michelly Sammer e Sebah Vieira e logo após segue com Pepe, Kleber Lopes e Janaína do Mar representando seus personagens em cima de um só palco.
Os espectadores a fim de assistir, parte para ler diferentes criticas, ver comentários nas principais redes sociais, ler principalmente a biopsia da peça no site oficial do teatro, obtém informações e chega-se a conclusão que irá assistir uma comédia, onde conta a história de Maria do Socorro, empregada domestica vivida por Michelly que mora na casa de um falido casal da alta sociedade paulistana Jorge (Kleber Lopes) e Renata (Janaina do Mar).
A deslumbrada nordestina com estereótipos de norte americana sonho se tornar uma artista conhecida e para isso ela se passa a se vestir de Marilyn Monroe – onde vê a oportunidade de sair de uma situação financeira ruim e deixar a vida de empregada domestica. É então que surge a visita de um norte americano riquíssimo interpretado (Pepê), que faz um anúncio no jornal procurando uma virgem, porque quem pagará a quantia de U$$50 mil dólares. Dado o fato de Maria ser virgem, a partir deste ponto a história ganha sentido. Outro personagem surge na historia para revelar um segredo de Jorge, o estilista chique vivido por Sebah Vieira.
Logo no inicio da comedia a protagonista Maria do Socorro, interpretado por Michelly, é forçada voltar as suas origens, sonhos vem ao chão e os estereótipos formados historicamente ao decorrer da nossa civilização ganham visibilidade, mostrando “ali” a imagem do nordestino em todo o país, inclusive na mídia, no cinema, nas músicas e no teatro. O nordestino tende a ser colocado no lugar de vítima da seca e do destino que tende ser uma região inferior a qualquer outra parte do Brasil.
Existem inúmeras formas de preconceito, mas um dos talvez mais praticados e menos discutidos seja o preconceito disfarçado na comedia e nas artes em geral. O preconceito ganha espaço logo no inicio do espetáculo e o roteiro revela um preconceito maior que é com nordestinos e pessoas de outras regiões condicionadas pela mídia em massa a serem indivíduos de baixo status, e financeiramente carentes, que migram para São Paulo e outras regiões mais desenvolvidas do país, em busca de melhores condições de vida, e assim acabam fazendo todo o trabalho sujo necessário e garantindo o sustento da classe média e alta do país. São pessoas como nós, mas as tratamos como cidadãos de terceira categoria, enquanto metade da nossa população ainda não tem acesso a bens que deveriam ser comuns.
“É um verdadeiro acinte aos direitos humanos, por exemplo, o modo como à fala nordestina é retratada nos meios de comunicação, principalmente do Teatro que fala direto com o público. Todo personagem de origem nordestina é, sem exceção, um tipo grotesco, rústico, atrasado, criado para provocar o riso, o escárnio e o deboche dos demais personagens e do espectador, ao sabendo que ali tem nordestinos, filhos de nordestinos entre tantos outros graus de parentesco.”
Dizem que rir é o melhor remédio. Não duvido que pessoas associem, inconscientemente, o humor como algo muito bom, e o que ele debocha, como algo ruim, ou algo que dá motivo de riso e piada. Mesmo quase nunca tendo a intenção de discriminar, as pessoas interpretam a situação como verdadeira e acabam por agir da mesma forma que o humor (ou seus personagens) age.
Cogitaram que a peça fosse uma comédia ultrapassada e passa-se despercebida, mas surpreende sem perder a essência e a pitada do humor. Diferente dos comentários, a ex-BBB Janaína do Mar e Pepe, que foram e é alvos de criticas, dão um show de interpretação, no primeiro momento o pré-conceito tenta intimidar o trabalho das atrizes, mas logo o talento dos dois ganham espaço, e no fim, os aplausos dos espectadores é garantido.
Os espectadores a fim de assistir, parte para ler diferentes criticas, ver comentários nas principais redes sociais, ler principalmente a biopsia da peça no site oficial do teatro, obtém informações e chega-se a conclusão que irá assistir uma comédia, onde conta a história de Maria do Socorro, empregada domestica vivida por Michelly que mora na casa de um falido casal da alta sociedade paulistana Jorge (Kleber Lopes) e Renata (Janaina do Mar).
A deslumbrada nordestina com estereótipos de norte americana sonho se tornar uma artista conhecida e para isso ela se passa a se vestir de Marilyn Monroe – onde vê a oportunidade de sair de uma situação financeira ruim e deixar a vida de empregada domestica. É então que surge a visita de um norte americano riquíssimo interpretado (Pepê), que faz um anúncio no jornal procurando uma virgem, porque quem pagará a quantia de U$$50 mil dólares. Dado o fato de Maria ser virgem, a partir deste ponto a história ganha sentido. Outro personagem surge na historia para revelar um segredo de Jorge, o estilista chique vivido por Sebah Vieira.
Logo no inicio da comedia a protagonista Maria do Socorro, interpretado por Michelly, é forçada voltar as suas origens, sonhos vem ao chão e os estereótipos formados historicamente ao decorrer da nossa civilização ganham visibilidade, mostrando “ali” a imagem do nordestino em todo o país, inclusive na mídia, no cinema, nas músicas e no teatro. O nordestino tende a ser colocado no lugar de vítima da seca e do destino que tende ser uma região inferior a qualquer outra parte do Brasil.
Existem inúmeras formas de preconceito, mas um dos talvez mais praticados e menos discutidos seja o preconceito disfarçado na comedia e nas artes em geral. O preconceito ganha espaço logo no inicio do espetáculo e o roteiro revela um preconceito maior que é com nordestinos e pessoas de outras regiões condicionadas pela mídia em massa a serem indivíduos de baixo status, e financeiramente carentes, que migram para São Paulo e outras regiões mais desenvolvidas do país, em busca de melhores condições de vida, e assim acabam fazendo todo o trabalho sujo necessário e garantindo o sustento da classe média e alta do país. São pessoas como nós, mas as tratamos como cidadãos de terceira categoria, enquanto metade da nossa população ainda não tem acesso a bens que deveriam ser comuns.
“É um verdadeiro acinte aos direitos humanos, por exemplo, o modo como à fala nordestina é retratada nos meios de comunicação, principalmente do Teatro que fala direto com o público. Todo personagem de origem nordestina é, sem exceção, um tipo grotesco, rústico, atrasado, criado para provocar o riso, o escárnio e o deboche dos demais personagens e do espectador, ao sabendo que ali tem nordestinos, filhos de nordestinos entre tantos outros graus de parentesco.”
Dizem que rir é o melhor remédio. Não duvido que pessoas associem, inconscientemente, o humor como algo muito bom, e o que ele debocha, como algo ruim, ou algo que dá motivo de riso e piada. Mesmo quase nunca tendo a intenção de discriminar, as pessoas interpretam a situação como verdadeira e acabam por agir da mesma forma que o humor (ou seus personagens) age.
Cogitaram que a peça fosse uma comédia ultrapassada e passa-se despercebida, mas surpreende sem perder a essência e a pitada do humor. Diferente dos comentários, a ex-BBB Janaína do Mar e Pepe, que foram e é alvos de criticas, dão um show de interpretação, no primeiro momento o pré-conceito tenta intimidar o trabalho das atrizes, mas logo o talento dos dois ganham espaço, e no fim, os aplausos dos espectadores é garantido.
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